Propriedades Antimicrobianas do Mel e Própolis
Escrito por Gustavo Padovani / CRN-361455
O mel e própolis são amplamente reconhecidos por suas notáveis propriedades antimicrobianas, tornando-se aliados valiosos na promoção da saúde. O mel, com suas características antibacterianas e antifúngicas, é eficaz na inibição de diversas cepas de bactérias patogênicas, como Staphylococcus aureus e Escherichia coli. A presença de compostos bioativos, como peróxido de hidrogênio e flavonoides, contribui para a sua capacidade de combater infecções e promover a cicatrização de feridas (Mandal, 2011).
Por sua vez, a própolis, uma resina coletada pelas abelhas, é conhecida por suas potentes propriedades antimicrobianas. Ela contém compostos fenólicos, como artepilina C e quercetina, que demonstram atividade contra bactérias, fungos e vírus, ajudando a proteger as colmeias de infecções. Estudos indicam que a própolis pode reduzir a carga de patógenos no organismo, fortalecendo o sistema imunológico e contribuindo para a saúde geral (Beserra et al., 2021).
Mel e Própolis na Prevenção de Infecções
Um pouquinho de história e curiosidade: até a Primeira Guerra Mundial, antes da descoberta da penicilina, o mel era um item essencial em quase todos os hospitais de campanha e enfermarias! Ainda hoje, muitos hospitais na Austrália e Nova Zelândia usam bandagens tratadas com mel para auxiliar na cicatrização de feridas. A utilização do mel como um agente antimicrobiano é evidente em sua aplicação em feridas e queimaduras, onde acelera a cicatrização e reduz a incidência de infecções. A eficácia do mel pode ser atribuída ao seu baixo teor de umidade, alto conteúdo de açúcar e propriedades antioxidantes, que juntos criam um ambiente hostil para a multiplicação de microrganismos (Palma-Morales et al., 2023).
A própolis, em particular, tem se mostrado eficaz na inibição do crescimento de fungos como Candida albicans e bactérias como Helicobacter pylori, associadas a diversas condições de saúde, incluindo gastrite e úlceras estomacais (de Aguiar et al., 2013). Além disso, suas propriedades anti-inflamatórias complementam suas ações antimicrobianas, contribuindo para a redução de infecções e a promoção da saúde do trato respiratório e digestivo (Pasupuleti et al., 2017).
Como Incorporar Mel e Própolis na Dieta
Para aproveitar as propriedades antimicrobianas do mel e da própolis, é importante incorporá-los à dieta. O mel pode ser adicionado a chás, iogurtes e smoothies, oferecendo uma alternativa saudável ao açúcar, enquanto a própolis pode ser consumida na forma de extratos ou spray oral, proporcionando proteção adicional contra infecções.
Recomendações Finais
A combinação de mel e própolis representa uma abordagem natural e eficaz para a prevenção de infecções, promovendo a saúde e o bem-estar. Incorporá-los na rotina alimentar pode oferecer uma defesa robusta contra microrganismos patogênicos, fortalecendo o sistema imunológico e melhorando a saúde digestiva. Contudo, é essencial respeitar as doses recomendadas e consultar um profissional de saúde para garantir um uso seguro e adequado. Incorporar mel e própolis na dieta pode ser uma estratégia natural poderosa para fortalecer a saúde e prevenir infecções.
O conteúdo deste artigo não se destina a substituir aconselhamento médico ou nutricional profissional e não deve ser interpretado como tal. Sempre consulte um profissional de saúde qualificado para esclarecer quaisquer dúvidas que você tenha sobre sua saúde ou condições médicas
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Beserra, F. P., Gushiken, L. F. S., Hussni, M. F., Ribeiro, V. P., Bonamin, F., Jackson, C. J., Pellizzon, C. H., & Bastos, J. K. (2021). Artepillin C as an outstanding phenolic compound of Brazilian green propolis for disease treatment: A review on pharmacological aspects. In Phytotherapy Research (Vol. 35, Issue 5, pp. 2274–2286). John Wiley and Sons Ltd. https://doi.org/10.1002/ptr.6875
de Aguiar, S. C., Zeoula, L. M., Franco, S. L., Peres, L. P., Arcuri, P. B., & Forano, E. (2013). Antimicrobial activity of Brazilian propolis extracts against rumen bacteria in vitro. World Journal of Microbiology and Biotechnology, 29(10), 1951–1959. https://doi.org/10.1007/s11274-013-1361-x
Mandal, M. D., & Mandal, S. (2011). Honey: Its medicinal property and antibacterial activity. Asian Pacific Journal of Tropical Biomedicine, 1(2), 154–160. https://doi.org/10.1016/S2221-1691(11)60016-6
Palma-Morales, M., Huertas, J. R., & Rodríguez-Pérez, C. (2023). A Comprehensive Review of the Effect of Honey on Human Health. In Nutrients (Vol. 15, Issue 13). Multidisciplinary Digital Publishing Institute (MDPI). https://doi.org/10.3390/nu15133056
Pasupuleti, V. R., Sammugam, L., Ramesh, N., & Gan, S. H. (2017). Honey, Propolis, and Royal Jelly: A Comprehensive Review of Their Biological Actions and Health Benefits. In Oxidative Medicine and Cellular Longevity (Vol. 2017). Hindawi Limited. https://doi.org/10.1155/2017/1259510